Após mais um dia de
fracasso, o palhaço maestrino dorme e, nos seus sonhos, se
depara com um mundo lúdico composto por diversos personagens representados por
diferentes máscaras.
Sem texto, a peça
oferece a plasticidade das máscaras para criar uma atmosfera onírica que
pretende alcançar adultos e crianças. “Não é uma peça sobre sonhos, mas
sim um convite para sonhar acordado”, ressalta odiretor da Cia, César
Gouvêa. César concebeu o espetáculo com Elisa Rossin, que também
atua e assina a direção de arte e figurinos. As máscaras (13, ao
todo) feitas por Elisa são inspiradas na estética da Cia Famlie
Flöz, importante referência do teatro de máscara mundial situada na
Alemanha, onde a atriz realizou estágio em 2008. Inéditas no Brasil,
elas se aproximam de caricaturas humanas, carregando traços cômicos e
clownescos.
A trajetória do
palhaço neste sonho é o fio condutor do espetáculo, que
apresenta situações pitorescas influenciadas pelo mundo do circo e da música
que costura a peça. O mágico e sua partner, uma orquestra
desconcertada, uma bailarina tenista e pássaros bem peculiares são alguns
dos personagens que se destacam na produção.
Quatro atores
interpretam, alternadamente, 13 personagens. Integram o elenco Igor
Canova (o Maestrino),Beto Souza (que vive quatro personagens), Dênis
Goyos (três personagens) e Elisa Rosin (cinco personagens). O cenário
transporta o público a um picadeiro dos sonhos, com uma iluminação que emoldura oespetáculo.
A entrada e saída dos intérpretes acontecem como passes de mágica, algumas em
menos de um minuto.
Segundo o diretor,
a intenção é mexer com a imaginação de toda família. “Podemos
arriscar em dizer que os adultos, para sonhar, necessitam dormir, e as crianças
naturalmente ao acordar, começam a sonhar. Neste espetáculo queremos que pais e
filhos compartilhem do mesmo sonho”, explica.
César reforça que
se dedicar a linguagem da improvisação nestes 13 anos de Companhia é
aprender e se permitir a cada dia dar um mergulho no escuro.
“Me sinto numa eterna berlinda, como um salto de um paraquedas que você nunca
sabe quando vai abrir, e foi esta sensação que me impulsionou a este
desafio de fazer um espetáculo totalmente diferente, onde a improvisação esteve
presente nesta sensação e também noprocesso de montagem, e não na
peça em si, como estávamos a costumados a fazer”, finaliza.
Sobre a Cia Jogando no Quintal
Dirigida por César
Gouvêa, desde 2002 a Cia do Quintal se dedica à pesquisa e ao diálogo das
técnicas da Improvisação e do Palhaço. Com cinco espetáculos em seu
repertório, representa o país em vários festivais da Europa e América
Latina. É bastante conhecida pelo seu primeiro trabalho, o espetáculo Jogando no Quintal - jogo de improvisação de
palhaços, que ainda permanece em cartaz desde de sua criação em
2002 e que já foi visto por mais de 300.000 mil pessoas. Por ser um dos
espetáculos pioneiros no teatro de improviso noBrasil, se
converteu em uma importante referência e inspiração para muitos grupos que
surgiram na última década.
E outro espetáculo de
grande destaque da CIA. é A Rainha Procura.
Ganhador do Grande Prêmio da Crítica APCA 2013 e eleito omelhor espetáculo
Infantil pelo GUIA DA FOLHA 2013; além de ter recebido indicação ao prêmio
FEMSA 2013: autor, texto original, direção, figurino, atriz e melhor
espetáculo.
Além
dos espetáculos, em sua trajetória encontrou no universo do Palhaço e
do improviso conceitos que fazem com que a cia estabeleça um diálogo produtivo no ambiente
empresarial. Improvisação, criatividade, inovação, flexibilidade, agilidade e
trabalho em equipe são alguns dos temas abordados em nossos workshops,
palestras, intervenções e espetáculos em eventos corporativos.
Estreia dia 3
de outubro na Sala B do Teatro Alfa:
Aos sábados e
domingos, às 16h. Até 29 de novembro.
Ingressos: R$ 30,00
(inteira para adultos) e R$15,00 (meia para crianças, estudantes e maiores de
60 anos).
Teatro Alfa –
Rua Bento Branco de Andrade Filho, 722. Fone 11 5693 4000. Site: www.teatroalfa.com.br